Melhor guitarra do mundo: As top 11 de todos os tempos

Encontrar a melhor guitarra do mundo é uma tarefa árdua. Elencamos as 11 mais icônicas de todos os tempos e 4 que ninguém fala a respeito.
Melhor guitarra do mundo

Se você sair perguntando para um monte de guitarrista sobre a melhor guitarra do mundo, vai concluir que existe uma guitarra perfeita pra cada um deles – ou até mais. Amém! 

Com o passar do tempo, depois de muito experimentar e pesquisar, o guitarrista acaba achando um instrumento que soe melhor ao próprio ouvido e que seja confortável na sua mão, no seu colo e ombro. 

Adquirindo experiência e tocando em guitarras de diversas marcas, o guitarrista acaba descobrindo quais são as ruins, as boas e as excelentes!

Hoje em dia, apesar de sempre surgirem novidades, algumas guitarras venceram o teste do tempo. Os instrumentos mais populares só conseguiram essa fama porque além de passar naquele teste ainda foram escolhidos por grandes guitarristas para ajudá-los a soar como gostariam.

As melhores guitarras do mundo ajudaram a revolucionar a música – em diversos gêneros – e moldaram a indústria musical. 

Na busca pela melhor guitarra do mundo, tivemos que tomar algumas decisões… Escolhemos instrumentos que marcaram época – se tornando sonho de consumo para a maioria dos guitarristas – e que foram (ou ainda são) usadas pelos maiores nomes da guitarra.

Além das 11 melhores guitarras de todos os tempos, vamos trazer outros instrumentos que (quase) ninguém fala a respeito, mas que também são impecáveis.

Neste artigo você vai ler:

Lista das melhores guitarras do mundo: As mais icônicas

Fender Stratocaster

A Strato tá no mundo desde 1954 foi e é usada por diversos guitarristas de renome – muitos deles revolucionários. A guitarra é utilizada em diversos gêneros musicais, esbanjando versatilidade.

Falando sobre sonoridade, a Fender Stratocaster tem um dos sons mais icônicos do mundo guitarrístico. Ela é conhecida por seu tom brilhante com muita clareza e definição.

A guitarra existe em diversas variações, hoje em dia, mas a clássica é aquela: três single coils (captadores simples), chavinha seletora, ponte com alavanca, dois controladores de timbre e um de volume. 

A Fender Stratocaster está há algum tempo por aí e quando surgiu era um instrumento revolucionário e inovador. Apareceu num período que os instrumentistas utilizavam guitarras acústicas – aquelas guitarras grandes que podemos ver com os músicos de jazz dos anos 50, em imagens preto e branco. Venceu o teste do tempo e não poderia, de forma alguma, ficar de fora da lista das melhores guitarras do mundo.

Características da Fender Stratocaster:

  • Corpo: Alder
  • Braço: Maple
  • Escala: Rosewood ou maple
  • Captadores: Três single-coils*
  • Elétrica: Um controle de volume, 2 controles de timbre e uma chavinha seletora de cinco posições
  • Ponte: Fender synchronized tremolo 

Reforçando: *Os três single coils vêm no modelo clássico da guitarra. Pode-se achar diversas variações dela, no entanto.

Pra citar alguns dos heróis que ajudaram a deixar esse modelo imortal, podemos citar: 

Jimi Hendrix, Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan, Buddy Holly, Yngwie Malmsteen, Ritchie Blackmore, David Gilmour, Buddy Guy, Jeff Beck, Eric Johnson, Kenny Wayne Shepherd, John Frusciante, Dave Murray, John Mayer (hoje em dia com a própria série na PRS).

Ficou curioso para ver uma Strato “original”? Dá uma olhada no instrumento na sua versão tradicional: 

Uma das características das grandes marcas de guitarra é relançar versões antigas – reissue – relembrando características de uma determinada época. Checa esse modelo que relembra as versões da Strato dos idos anos 70:

Um comentário rápido sobre os componentes do modelo acima: Ela vem com o tensor “bullet“, o “neck plate” com três parafusos, sistema Micro-Tilt de ajuste de angulação para a fixação do braço, o headstock largo – características da Strato pós 1965. Essa guitarra te traz o espírito, o som e o estilo dos anos 70.

Esse “axe” é muito querido mundialmente na sua versão original, mas não é complicado de ser alterado, no entanto.

Há diversas maneiras de “turbinar” a guitarra e conseguir versões diferentes – trocar captadores, braço, parte elétrica, tarraxas, ossinho do nut, ponte e por aí vai. Dito isso, não é raro acharmos umas belezuras, modificadas já de fábrica, como essa American Ultra Stratocaster:

Curiosidade: A partir de uma modificação da Strato original, surgiu a Frankenstrat – modelo que o Van Halen criou em cima da Stratocaster e que foi o pontapé para a confecção de SuperStrats. 

Gibson Les Paul

A primeira Les Paul ficou disponível para venda apenas em 1952. Lester William Polsfuss, mais conhecido como Les Paul (o guitarrista e luthier) havia desenvolvido o modelo anos antes, mas a Gibson não se interessou. Somente quando a Fender começou a vender em massa os modelos de corpo sólido é que a Gibson decidiu se mexer e começar a produzir a icônica Les Paul.

A sonoridade da Les Paul é mundialmente reconhecida. Ela tem um som profundo, ressonante e que funciona bem para qualquer gênero – do blues ao heavy metal. 

Uma curiosidade é que diversas marcas tentaram copiar o formato com um cutaway da Les Paul, mas nenhuma conseguiu igualar o original.

Características da Les Paul:

  • Corpo: Mahogany (mogno) com o topo em maple
  • Braço: Mahogany (mogno)
  • Escala: Rosewood
  • Captadores: Dois Humbuckers
  • Elétrica: 4 controladores – 2 de volume e 2 de timbre; 1 chavinha seletora de três posições
  • Ponte: Tune-o-Matic com o stop bar tailpiece

Checa esse “axe” com um visual mais clássico do modelo:

Dentre alguns dos heroes que usam e usaram a Les Paul podemos citar:

Les Paul, Slash, Zakk Wylde, Jimmy Page, Gary Moore, Billy Gibbons, Joe Bonamassa, Ace Frehley, Neal Schon, Randy Rhoads, Joe Perry, Eric Clapton, Peter Green, Paul Kossof, Mick Ronson, Robert Fripp, Duane Allman, Peter Frampton, Neil Young…

Já que citamos o Slash aqui em cima, aí vai uma Gibson Les Paul Standard Slash Anaconda:

A empresa Epiphone – subsidiária da Gibson – se especializou em fazer os modelos da marca só que por um preço mais em conta. São guitarras boas e baratas, pois a Epiphone muda uma coisa ou outra pra deixar a produção menos custosa e oferecer um produto com ótimo custo-benefício – o que é excelente não só para músicos profissionais mas também para iniciantes. 

Dá uma espiada nessa Les Paul Standard Gold Top da Epiphone: 

Fender Telecaster

Comprovadamente a primeira guitarra de corpo sólido bem sucedida comercialmente na história, a Fender Telecaster – introduzida por Leo Fender em 1951 – teve seu nome alterado por motivo de CÓPIA de marca. 

A Gretsch, outra fabricante de instrumentos, tinha uma linha de bateria chamada “Broadcaster” – que era o nome original da Telecaster – e pra não rolar um processo e/ou confusão, a Fender alterou o nome da Fender Broadcaster para Fender Telecaster. A Broadcaster foi lançada em 1950 e o design mudou muito pouco desde o lançamento. 

A Tele é considerada a melhor guitarra para o estilo musical country, mas é versátil o suficiente pra aguentar trancos e distorções maiores – como nos estilos blues e rock. 

A gente pode ver o “axe” atuando até em punk rock – como é o exemplo do El Hefe, guitarrista do NOFX, que apesar de fazer um som considerado mais pesado, nunca abandonou a Tele. 

A Fender Telecaster abriu as portas para todas as guitarras de corpo sólido que vemos hoje em dia e ainda podemos creditar ao instrumento a inovação em sonoridade e estilo musical. 

Tinha como ficar de fora das melhores guitarras do mundo?

A Telecaster tem um som característico e único. Ela é conhecida por uma sonoridade brilhante e vibrante. Com um tom forte com muita clareza e definição.

A guitarra tinha, originalmente, uma chavinha seletora de 3 posições mas os guitarristas sentiam falta do blend sonoro que conseguiam na irmã Stratocaster (que tem cinco posições que permitem ajustes finos: como selecionar dois captadores ao mesmo tempo ao invés de um por vez). Então a Tele se ajustou e agora conta com uma chavinha de 5 posições.

O modelo tradicional vem com dois captadores single-coil; o da ponte é mais largo e comprido se comparado ao da Strato. Um detalhe bacana é que o captador do braço é “encapsulado” e conectado à guitarra por uma placa de metal – que dá mais poder ao timbre. 

Alguns amantes da Telecaster são:

George Harrison, Muddy Waters, Curtis Mayfield, Danny Gatton, Albert Lee, Albert Collins, El Hefe, Joe Strummer, Keith Richards, Brad Paisley, Ritchie Kotzen, John 5, Tom Morello…

Características da Telecaster: 

  • Corpo: Alder
  • Braço: Maple
  • Escala: Rosewood ou maple
  • Captadores: Dois single-coils
  • Elétrica: 2 controladores: 1 de volume e 1 de timbre. Chavinha seletora de 3 ou 5 posições – depende do período de fabricação.
  • Ponte: Tele bridge plate com 3 ou 6 saddles

Dá uma olhada nesse achado: Fender American Performer Telecaster – não dá para pedir mais que isso em termos de Fender Telecaster. The one and only!

Pra quem tá mais apertado de grana e quer curtir o som da Tele, a Fender vem desenvolvendo há um tempo a linha Player – é mais barata e pequenos detalhes são alterados. O som é show de bola! Dá um check nessa Fender Player Telecaster:

PRS Custom 24

A marca e o modelo merecem destaque, no caso. Quando tudo parecia ser dominado por Fender e Gibson, a PRS chegava com o pé na porta (em 1985), dando aos guitarristas uma nova opção, uma nova excelente dúvida, de qual guitarra comprar. 

As PRS têm o comprimento da escala um pouco mais curto que o das concorrentes – Fender e Gibson – e possuem identidade sonora exclusiva da marca. Além de conseguirem a proeza do som único, cravaram umas gaivotinhas para marcar as casas da escala – adicionando identidade visual e sonora.

A Custom 24 é o modelo prime da PRS. Apesar de ter sido lançada há mais de 35 anos, continua sendo uma das melhores guitarras do mundo, hoje em dia. 

Os detalhes da Custom 24 são incríveis, todos eles priorizam a sonoridade do instrumento. A ponte e as tarraxas contribuem para mais ressonância e estabilidade da afinação, os captadores esbanjam nitidez e versatilidade sonora. São 24 frets para exploração e descoberta musical.

Características da PRS Custom 24:

  • Corpo: Mahogany com o topo em maple
  • Braço: Mahogany
  • Escala: Rosewood
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 2 controladores: 1 de volume e um de timbre; chavinha seletora de 5 posições
  • Ponte: PRS Patented

Guitarristas que usam a PRS como extensão do corpo:

Carlos Santana, Brad Delson, Mark Tremonti, Orianthi, John Mayer, Alex Lifeson, Robben Ford, Al Di Meola, Zach Myers, Mark Lettieri, David Grissom…

A guitarra é linda demais! Espia só essa PRS Custom 24:

A PRS, pensando em um público maior, lançou a edição especial da Custom 24 – acompanha a sigla SE de Special Edition. É um modelo mais em conta que tem feito bastante sucesso entre os guitarristas. Segue um “axe” desses pro check

Gibson SG

A SG, além de ser uma das melhores e mais famosas guitarras do mundo, possui uma legião de fãs, mas a história não se resume ao sucesso total desde o começo.

A saga da SG começa quando a Gibson tentou arrumar uma substituta pro modelo Les Paul. A Gibson Les Paul não era tão famosa quando foi lançada – final dos anos 1950 -, ela passava perrengue pra competir com a Fender Stratocaster. 

A solução da Gibson foi redesenhar a guitarra e tentar fazer algo parecido com a Strato, com aquele cutaway duplo, por exemplo. Era uma tentativa de fazerem os players da Stratocaster acharem semelhanças com a “nova” Les Paul. 

O engraçado é que o Les Paul não gostou do modelo – que surgiu em 1961 – e pediu pra retirar o nome dele dessa “nova” guitarra. A Gibson acatou o pedido do guitarrista, produtor, designer, luthier e lançou o modelo como Gibson SG – Solid Guitar. 

A sorte da Les Paul – modelo – é que alguns dos guitarristas old-school já tinham começado a tocar com ela, e ela não foi descontinuada. A máxima “há males que vêm para o bem” se encaixa como uma luva nesse caso. Não fosse o inicial fracasso comercial da Les Paul, a gente não teria um dos modelos mais queridos da galera, a Gibson SG. 

Carcterísticas da SG:

  • Corpo: Mahogany
  • Braço: Mahogany
  • Escala: Rosewood
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 4 controladores; 2 de volume e 2 de timbre; 1 chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: Tune-o-Matic com Stopbar tailpiece

Segue uma listinha “café-com-leite” do pessoal que usa o modelo SG:

Angus Young, Tony Iommi, Derek Trucks, Pete Townshend, Thom Yorke, Daron Malakian, Ian Mackaye, Sister Rosetta Tharpe, Eric Clapton (época do Cream), Jeff Tweedy, Dewey Finn (AKA Jack Black no School of Rock), Brian Molko…

Só brabo da pesada!

Dá uma olhada nesse veneno brabíssimo: Gibson SG Standard Ebony.

Gretsch Falcon

Aspas: Na minha humilde opinião, uma das mais bonitas guitarras já lançadas. 

A versão original, acústica, estreou em 1954. Ela é considerada o ‘Santo Graal’ por colecionadores e diversos guitarristas. 

A guitarra aí da foto, no entanto, é semi acústica, ou seja, ela tem um center block – é a continuação do braço do instrumento pra dentro do corpo do mesmo, permitindo um “ataque” mais agressivo quando necessário -, fazendo com que o instrumento seja muito versátil. Isso significa que o modelo aguenta distorção e ao mesmo tempo permite ao guitarrista tocar gêneros que exijam mais ressonância do corpo da guitarra. 

Aqui no Brasil é difícil de ser encontrada, mas tem alguns sites representantes da Gretsch que conseguem a proeza de importá-la sob demanda e com todos os cuidados possíveis, fazendo com que chegue na casa do guitarrista sã e salva. 

Características da Falcon:

  • Corpo: Maple nos lados e parte traseira, spruce no topo (semi acústico com center block)
  • Braço: Maple
  • Escala: Ebony
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 4 controladores; 3 de volume e 1 de timbre; chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: Adjusto-Matic com Pinned Ebony Base

Essa belezura ainda vai com uma Bigsby – alavanquinha old-school. São 22 frets de pura alegria. 

Alguns dos ídolos que usam Gretsch:

Billy Duffy, John Frusciante, Neil Young, Brian Setzer, Chet Atkins, Malcolm Young, Bo Diddley, Bono, George Harrison, Eddie Cochran, Stephen Stills, Michael Nesmith…

Checa o bichinho: Gretsch G6136T- RR.

Ibanez RG Prestige

As RG são uma derivação da Stratocaster turbinada. Elas pertencem ao grupo das ‘Superstrats’. 

A Ibanez RG é um dos “axes” preferidos dos “shredders” – guitarristas que estudam bastante a técnica do virtuosismo e a aplicam no dia a dia em seus improvisos. 

A série RG Prestige foi feita – como quase tudo que sabemos do japão – com bastante perfeição e seriedade. Pra quem procura precisão, performance, tocabilidade e tá estudando uns estilos mais pesados – Hard Rock, Heavy Metal, Prog Metal, Epic Metal, talvez esse instrumento seja o seu. 

A Prestige foi feita coletando dados – ideias e sugestões – de guitarristas do mundo todo. É praticamente aquele slogan “feito por guitarristas para guitarristas”.

Características da RG652AHMFX Prestige:

  • Corpo: Ash
  • Braço: Maple/Walnut
  • Escala: Maple
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 2 controladores; 1 de volume e 1 de timbre; chavinha seletora de 5 posições
  • Ponte: Gibraltar Standard II

Vale a pena ressaltar que nessa RG652AHMFX Prestige, os captadores são: DiMarzio Air Norton no braço e DiMarzio The Tone Zone na ponte. Os dois passivos e de alnico.

Com vocês a Ibanez RG652AHMFX Prestige:

Como a Ibanez sempre trabahou com perfeição nas variedades, decidimos botar mais uma belezura Ibanezca da linha RG na lista.

Características da RG5120M Prestige:

  • Corpo: Mahogany africano e acabamento em Ash
  • Braço: Maple/Wenge
  • Escala: Maple
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 2 controladores; 1 de volume e 1 de timbre; 2 chavinhas seletoras; 1 de voicing e 1 de combinação dos captadores – com 3 posições
  • Ponte: Lo-Pro Edge Tremolo 

Dá uma checada nessa Ibanez RG5120M Prestige:

Em tempo: os captadores da RG652AHMFX são passivos – não precisam de bateria. Os captadores da RG5120M são ativos – precisam de bateria para funcionar. A chavinha de vocing da RG5120M muda o timbre sutilmente, explorando ainda mais a versatilidade do instrumento.

Ibanez GB10EM

Essa série da Ibanez é específica para o George Benson – que é um gênio da guitarra.

A Ibanez é uma empresa japonesa que abraça toda a gama de guitarristas. Do blues ao metal. Fabrica modelos variados com a seriedade que nós, guitarristas, merecemos. 

A GB10EM está na lista de melhores guitarras do mundo porque é um dos modelos que George Benson usa, porque passou no teste do tempo – há de convir que quando um guitar hero usa uma guitarra por tanto tempo sem trocar é porque tem coisa muito boa ali, certo? – porque é feita cuidadosamente, porque é linda, porque tem a resposta instantânea de seus captadores, porque é acústica, porque …., porque…, porque merece.

Não importa se está fazendo chord melodies**, progressões de acorde ou corridas melódicas pelo braço – os captadores estão junto com você nessa jornada.

** chord melodies – são melodias e acordes simultaneamente tocados. Essa técnica dá a impressão de que existem duas pessoas tocando ao mesmo tempo. George Benson é mestre nisso, assim como Joe Pass. 

Pros amantes do jazz, do blues, do som limpo aveludado, esse “axe” tá com tudo – além de ser linda e feita com perfeição. 

Características da GB10EM: 

  • Corpo: Linden atrás e dos lados; Spruce no topo
  • Braço: Nyatoh
  • Escala: Walnut
  • Captadores: 2 Humbucker (mini)
  • Elétrica: 4 controladores; 2 volume e 2 de timbre; uma chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: Walnut

Apesar de ser um dos modelos mais em conta da série GB, ele não deixa barato em relação ao som. Sonoridade aqui é o nome do jogo. Se gosta do timbre aveludado dos grandes jazzistas, a GB10EM é um excelente caminho.

Alguns dos gênios que eternizaram as Ibanez acústicas:

Joe Pass, George Benson, Pet Metheny, John Scofield…

Dá uma olhada na máquina: Ibanez GB10EM

Gibson ES-335

A primeira guitarra semiacústica comercializada no planeta terra. 

Antes dela aparecer em 1958, os guitarristas usavam as guitarras de corpo sólido e/ou acústicas – eram as opções da época. A vantagem desse modelo, o semiacústico, é que ele é mais versátil. 

Como o corpo da guitarra não é completamente vazado, o guitarrista possui mais controle em cima do feedback. Esse tipo de guitarra consegue lidar com os timbre limpos e ressonantes de um modelo acústico tão bem quanto segurar a onda com as distorções de gêneros musicais mais pesados. 

Isso é por causa do center block – é uma extensão do braço da guitarra pra dentro do corpo.

O curioso é que ‘335’ era o preço em dólar na época – imagine se hoje em dia ainda custasse 335 USD?! O ES vem de Electric Spanish porque o formato do corpo faz alusão aos violões – que lá pra eles, a referência é espanhola.

Características da ES-335:

  • Corpo: Maple/Poplar/Maple parte de trás e topo; laterais em Spruce
  • Braço: Rosewood
  • Escala: Rosewood
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 4 controladores; 2 de volume e 2 de timbre; chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: ABR-1 Tune-O-Matic

Alguns dos ídolos que usam as ES:

BB King, Freddie King, Chuck Berry, Marcus King, Larry Carlton, Johnny Marr, Otis Rush, Eric Clapton, Alvin Lee, Grant Green, Andy Summers, Noel Gallagher, JD Simo, Wes Montgomery, Django Reinhardt…

Assim como algumas dessa lista de melhores do mundo, a ES-335 é difícil de ser encontrada no Brasil. De vez em quando pinta uma oportunidade, enquanto isso não tá rolando, dá uma checada na belezura: Gibson ES-335 direto da fonte.

Epiphone Casino

A história dessa icônica guitarra começa em 1961 – ela é a archtop mais vendida da marca e serve de referência para o rock. 

Ela era somente uma das archtops produzidas pela Epiphone, até cair nas graças de músicos de peso, como Keith Richards.

A Epiphone era concorrente direta da Gibson – com o passar do tempo virou subsidiária e hoje em dia tem como objetivo simular os grandes modelos da Gibson por preços mais em conta. 

A marca era conhecida pelos seus modelos acústicos e semiacústicos e isso foi crucial para despertar o interesse da Gibson.

Curiosidade: Na época que a Casino entrou em campo, a Epiphone e a Gibson dividiram uma fabrica em Kalamazoo, Michigan – tinham acabado de fechar a parceria. 

Depois de Keith Richards, que usou a Casino para a gravação da demo tape  de Satisfaction, veio Howlin’ Wolf, que usou a guitarra na sua primeira turnê pela Inglaterra. Logo em seguida John Lennon e George Harrison também a adotaram para a turnê de 1966. Com essa escalação, ela cravou o seu lugarzinho entre as melhores guitarras do mundo.

Características da Casino:

  • Corpo: Maple 
  • Braço: Maple/Pau Ferro
  • Escala: Pau ferro
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 4 controladores; 2 de volume e 2 de timbre; 1 chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: Locktone Tune-O-Matic

Abaixo seguem alguns ídolos que empunharam a Casino:

Keith Richards, Howlin’ Wolf, John Lennon, George Harrison, The Edge, Dave Davies, Noel Gallagher, Gary Clark Jr., Paul Weller, Lenny Kravitz, Dwight Yoakam, Dave Grohl…

EVH Wolfgang Special

A EVH é a empresa do Eddie Van Halen – um dos revolucionários da guitarra. O nome do modelo Wolfgang é em homenagem ao músico, compositor de músicas clássicas, Wolfgang Amadeus Mozart. 

Van Halen se juntou com o mestre luthier da Fender, no que ele chamou de “última tentativa de produzir uma guitarra” do zero. Assim surgiu a Wolfgang Special.

Detalhe: até a ponte Floyd Rose foi elaborada por Van Halen, e exclusiva dessa série que estamos fazendo a resenha. 

Primeiramente criada pela Peavey e depois pela Music Man, hoje em dia as guitarras de Eddie são produzidas pela sua própria empresa e contam com as seguintes características: 

Características da Wolfgang Special:

  • Corpo: Basswood
  • Braço: Quartersawn Maple
  • Escala: Ebony
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 2 controladores: 1 de volume e 1 de timbre; chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: EVH – Branded FLoyd Rose Locking Tremolo com o EVH D-Tuna

O braço do modelo foi feito atendendo todas as demandas de Eddie Van Halen, ou seja, é uma guitarra de alta performance – solos, riffs, bases energéticas e ainda aloprar nos ‘Dive Bombs’. São 22 frets de pura alegria.

A EVH vem fazendo um barulho tanto nas guitarras quanto nos “amps”. Diversos artistas usam os amplificadores da EVH,que também foram elaborados pelo nosso querido guitar hero.

Aqui embaixo alguns astros que podem ser vistos tocando EVH:

Eddie Van Halen, Wolfgang Van Halen, John Sykes, Joe Duplantier, Christian Andreu, Jason Hook, Steve Brown, Andy Sneap, Nicole Papastravou…

Dá uma olhada nesse “axe”: EVH Wolfgang Special.

Lista das melhores guitarras do mundo: As que ninguém fala a respeito

Suhr Classic S

Visual clássico, sonoridade impecável. 

John Suhr é um luthier perfeccionista e está na área há mais de 35 anos. Nos anos 80, Suhr fazia guitarras, embaixo da asa da marca ‘Pensa-Suhr’, para guitarristas de alto calibre: Mark Knopfler, Peter Frampton, Steve Stevens, Eric Clapton, Chuck Loeb, Reb Beach…

Nos anos 90 chegou a trabalhar como luthier master na Fender Custom Shop, mas decidiu abrir sua própria marca em 1997 – era uma fábrica pequena, de guitarras sob demanda – que cresceu e virou a marca que é hoje. 

Chega de história e vamos falar da máquina de som chamada: Suhr Classic S.

Um ponto animal já de cara: a guita tem um sistema de hum cancelling, que já pega muitos modelos de single-coil no contrapé. Quem nunca teve que ajustar a posição da chavinha pra “matar” um ruído? Então, a Classic S conta com um sistema anti-ruído pro seu som ficar mais limpo ainda. Nitidez sonora é o nome do jogo

Características da Classic S:

  • Corpo: Alder
  • Braço: Maple tingido
  • Escala: Rosewood indiano / Maple tingido
  • Captadores: 2 opções de 3 captadores: SSS ou HSS ; S = Single coil ; H = Humbucker
  • Elétrica: 3 controladres; 1 de volume e 2 de timbre; chavinha seletora de 3 ou 5 posições
  • Ponte: Gotoh 510 com steel block

Alguns dos ídolos que usam a Suhr hoje em dia:

Mateus Asato, Andre Nieri, Pete Thorn, Scott Henderson, Reb Beach, Ian Thornley, Andy Wood, James Ivanyi…

Infelizmente, é difícil encontrar essa guitarra nos marketplaces do Brasil, mas dá pra conferir ela na fonte.

Dean ML

Os caras da Dean focaram em fazer guitarra para ser tocada nos palcos mais prestigiados, nos melhores estúdios e nos melhores dedos do planeta. 

Criada em 1977 as guitarras Dean tem um visual agressivo – igual ao seu som. É uma empresa liderada por músicos, então sabe-se que o foco é um produto de primeira pra uma rapaziada super exigente. 

Aspas: a primeira vez que ouvi uma Dean, foi pelas mãos do Dimebag Darrell – Pantera. Pra mim foi um dos revolucionários de um estilo e de um instrumento. Depois, como comecei a reparar na guitarra Dean, vi o Zakk Wylde tocando no Live n’ Loud 96 com o Ozzy Osbourne, Kerry King do Slayer…

Características da Dean ML:

  • Corpo: Swamp Ash
  • Braço:  Mahogany
  • Escala: Ebony
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 3 controladores; 2 de volume e 1 de timbre; chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: Evertune

Aqui alguns guitar heroes que brincam com o “axe:

Dimebag Darrell, Zakk Wylde, Michael Schenker; Kerry King, Leslie West, Eric Peterson, Rob Barrett, Chris Poland, Sascha Gerstner…

Definitivamente a Dean ML é uma guitarra que caiu mais no gosto dos shredders – estudiosos da virtuose – e da rapaziada que quer um som mais pesado, com mais distorção.

Assim como algumas guitarras da segunda parte da lista – as que ninguem conhece – essa também só dá pra encontrar na fonte.

Ernie Ball Music Man Majesty

Aspas: Essa aqui talvez pudesse ficar na lista lá de cima, das famosas, mas resolvi botar nas “menos conhecidas” porque depois que Eddie Van Halen mudou de fabricante, o nome deu uma apagada – apesar de ter excelentes guitarristas representantes da marca e guitarras maravilhosas.

A Ernie Ball, desde 1984, tem como missão produzir instrumentos que sejam superiores aos concorrentes com: tocabilidade, beleza e sonoridade.

Essa série, Majesty, foi feita em colab com John Petrucci – do Dream Theater -, um dos grandes instrumentistas da nossa época.  Os caras estão juntos, aprimorando a guitarra, há mais de 20 anos. 

A Ernie Ball Music Man Majesty tem como propósito mostrar o playing de Petrucci em forma de guitarra – tecnologia inovadora, performance versátil e moderna. 

Características da Music Man Majesty:

  • Corpo: Okoume com o topo em Maple
  • Braço: Mahogany
  • Escala: Ebony
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 3 controladores; 2 de volume e 1 de timbre; 1 dos controladores de boost de volume; chavinha seletora com 3 posições com opção de mono/estéreo 
  • Ponte: Custom John Petrucci Music Man Floating Tremolo

São 24 frets, dois captadores DiMarzio, um botão de push/pull pra dar aquela aumentada no volume na hora necessária e alavanca para qualquer dive-bomb que quiser. Uma guitarra que tem tudo que um “shredder” pode querer.

.strandberg* Boden

Ola Strandberg é um luthier que está na ativa desde os anos 80. Inventou o ‘Ergonomic Guitar System’ em 2007 que ganhou popularidade através de fóruns em sites especializados de guitarra e logo patenteou o EndurNeck.

Strandberg sempre teve preocupação de inspirar o guitarrista com o instrumento – para que a guitarra fosse confortável, macia e funcionasse como uma extensão do corpo do instrumentista. 

A empresa Sueca, hoje em dia, faz guitarras customizadas ou não, para vários guitarristas de diversos estilos, todos eles derivados do rock n roll.

Se você procura uma guitarra preocupada com ergonomia, qualidade, tocabilidade, inovação, design e sonoridade excelente, essa aqui é a melhor do mundo pra você.

Aspas: Comecei a me atentar para a sonoridade da .strandberg* ouvindo o guitarrista e compositor, Plini. Pra mim, o australiano Plini é revolucionário no rock progressivo moderno e na música instrumental – consegue unir melodia, pegada e virtuosismo “sem perder a mão”. 

A .strandberg* Boden é a guitarra principal de Plini para os palcos e para os estúdios. Timbre sensacional que vem com captadores de última tecnologia. 

Características da .strandberg* Boden: 

  • Corpo: Chambered Ash com topo em Australian Blackwood
  • Braço: Roasted Maple – com o EndurNeck
  • Escala: Ebony
  • Captadores: 2 Humbuckers
  • Elétrica: 1 controlador de volume; chavinha seletora de 3 posições
  • Ponte: .strandberg* ESG Series 5 Tremolo com string locks. 

O cutaway – a reentrância no corpo da guitarra – é maior do que a média, permitindo mais fretes e alcance facilitado às notas mais altas da escala. O timbre é robusto e por causa das câmaras do corpo – chambered ash – permitem um longo sustain (tempo que o som permanece vibrando depois que a nota é tocada), e quando sem distorção, volumoso, nítido e limpo. 

Alguns dos inovadores que vêm usando as .strandberg* são:

Plini, Per Nilsson, Sarah Longfield, Paul Masvidal, Riko Kohara, Alex Machacek, Gustavo Assis-Brasil, Mike Keneally, Adam Rafowitz… 

Perguntas frequentes sobre a melhor guitarra do mundo

O que faz uma guitarra estar entre as melhores de todos os tempos?

Como existem vários tipos de guitarra, têm vários quesitos a serem avaliados e comparados aqui. Se formos pelo gosto do freguês ficaremos em um campo subjetivo, então é melhor pontuar algumas variáveis: 

  • Guitarristas famosos que usam o instrumento; 
  • Legado do modelo;
  • Importancia histórica; 
  • Timbre;
  • Popularidade;
  • Preço da guitarra;

Qual é a melhor guitarra do mundo?

Essa é uma pergunta que pode englobar todos os itens acima, caso seja pertinente pro avaliador. 

Às vezes ouvimos um guitarrista tocando um solo com um timbre sensacional e achamos que aquele é o melhor som de guitarra que já ouvimos – comigo acontece volta e meia. 

Podemos dizer, com tranquilidade, que não existe uma – ainda bem. Existem alguns modelos de guitarras que deixaram sua marca ao longo do tempo – porque suas empresas buscam evoluir em todos os atributos pertinentes: melhor som, conforto ao guitarrista, por exemplo.  

Qual é a guitarra mais cara do mundo?

Bom, um top 5 rápido das guitarras mais caras do mundo são:

  1. Fender Mustang ‘Smell Teen Spirit’ // 4.500.000 USD // Kurt Cobain
  2. Fender Stratocaster ‘Black Strat’ // 3.975.000 USD // David Gilmour
  3. Fender Stratocaster ‘Reach Out To Asia’ // 2.700.000 USD // Guitarra autografada por 19 guitarristas que tinha como objetivo doar o dinheiro da venda para vítimas do tsunami de 2004.
  4. Fender Stratocaster 68’ // 2.000.000 USD // Jimi Hendrix
  5. Doug Irwin (luthier) ‘Wolf’ // 1.900.000 USD // Jerry Garcia

As guitarras mais caras são aquelas que têm uma representatividade tal que, em algum leilão, arrebentaram os limites de preço para o instrumento. 

Existe uma guitarra do Bob Marley que foi vendida entre uma faixa de 1.200.000 a 2.000.000 USD – Bob Marley ‘s Washburn Wing-Series Hawk – que não entrou na lista por não termos a precisão do preço.

Qual é a guitarra mais vendida do mundo?

No ano de 2022, a guitarra mais vendida foi a PRS SE Silver Sky do John Mayer. Existe a PRS Silver Sky mas a mais vendida foi esta SE – special edition. 

Mudaram algumas partes elétricas para que ficasse mais barata mas sem que perdesse qualidade sonora e conforto. 

Aspas: eu tive a oportunidade de tocar nas duas recentemente; achei o som muito parecido só que a escala da SE – por ser rosewood – proporciona um timbre que gosto mais. O formato do braço da SE também é mais confortável pra minha mão. Eu ficaria com a PRS SE Silver Sky – entendo por que foi a mais vendida de 2022. 

Quais marcas fabricam as melhores guitarras do mundo?

Certamente são essas que listamos no artigo. As melhores guitarras vêm de marcas que passaram pela prova do tempo, pela prova dos ouvidos e mãos desses nossos ídolos geniais – que mencionamos na nossa extensa listinha.

Antes de terminar…

A melhor guitarra do mundo não é a mais indicada pra quem está começando. Se este é seu caso, dê uma lida no nosso guia completo sobre guitarra para iniciantes.

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